Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 359
Filtrar
1.
Rev. baiana saúde pública ; 47(2): 264-282, 20230808.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1451869

RESUMO

Diversas barreiras podem comprometer o acesso aos serviços de saúde no Brasil, especialmente entre as mulheres negras, evidenciando a urgência em discutir esse tema à luz das iniquidades raciais e de gênero. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática com metanálise para avaliar as evidências científicas da associação entre raça/cor de pele/etnia e acesso e utilização dos serviços de saúde entre mulheres. A busca dos estudos foi realizada em cinco bases eletrônicas, incluindo literatura cinzenta, até março de 2022 e, após a extração de dados, foi realizada a avaliação da qualidade dos artigos. A metanálise estimou a medida de associação global (odds ratio) e seu intervalo de confiança de 95%. Também foi avaliado o indicador de Higgins e Thompson (I2) para classificação da heterogeneidade estatística dos dados. Foram identificados 428 registros, mas apenas três estudos atenderam aos critérios de elegibilidade. A raça/cor de pele/etnia negra esteve associada a desfechos negativos relacionados ao acesso/utilização dos serviços de saúde no Brasil (OR = 1,49; IC95%: 1,26-1,76; I2 = 24,01%). Neste estudo, verificou-se que existem iniquidades raciais no acesso/utilização dos serviços de saúde entre mulheres. No entanto, destaca-se a necessidade de mais estudos rigorosos para elucidar a influência da raça/cor/etnia e de elaboração de políticas públicas.


Several barriers can compromise access to health services in Brazil, especially among black women, highlighting the urgency of discussing this topic in the light of racial and gender inequalities. This study aimed to carry out a systematic review with meta-analysis to assess the scientific evidence on the association between race/skin color/ethnicity and access and use of health services among women. The search for studies was carried out in five electronic databases, including the gray literature, until March 2022, and, after data extraction, the quality of the articles was evaluated. The meta-analysis estimated the global association measure (odds ratio) and its 95% confidence interval. The Higgins and Thompson indicator (I2) was also evaluated to classify the statistical heterogeneity of the data. A total of 428 records were identified, but only three studies met the eligibility criteria. Black race/skin color/ethnicity was associated with negative outcomes related to access/use of health services in Brazil (OR = 1.49; 95%CI: 1.26-1.76; I2 = 24.01%). This study showed the presence of racial inequalities in the access/use of health services among women. However, it highlights the need for more rigorous studies to elucidate the influence of race/color/ethnicity and the elaboration of public policies.


Diversos obstáculos pueden dificultar el acceso a los servicios de salud en Brasil, principalmente para las mujeres negras, lo que muestra la necesidad de discutir el tema de las inequidades racial y de género. Este estudio tiene por objetivo realizar una revisión sistemática con metaanálisis para evaluar la evidencia científica de la asociación entre raza/color/etnia y el acceso y uso de los servicios de salud por las mujeres. Se realizó una búsqueda en cinco bases de datos electrónicas, incluida la literatura gris, en el periodo hasta marzo de 2022; y tras evaluados los datos, se llevó a cabo una evaluación de la calidad de los artículos. El metaanálisis estimó la asociación global (Odds Ratio) y su intervalo de confianza del 95%. También se evaluó el indicador de Higgins y Thompson (I²) para clasificar la heterogeneidad estadística de los datos. Se identificaron 428 registros, de los cuales solo tres estudios cumplieron los criterios de elegibilidad. La raza/color de piel/etnia negra se asoció con desenlaces negativos relacionados al acceso/uso de los servicios de salud en Brasil (OR = 1,49; IC 95%: 1,26-1,76; I² = 24,01%). Estos hallazgos destacan las inequidades raciales en el acceso/uso de los servicios de salud entre mujeres brasileñas. Sin embargo, se necesitan investigaciones más rigurosas sobre la influencia de la raza/color/etnia y la implementación de políticas públicas efectivas.


Assuntos
População Negra
2.
Rev. Ciênc. Plur ; 9(1): 29450, 27 abr. 2023. tab
Artigo em Português | BBO, LILACS | ID: biblio-1428124

RESUMO

Introdução: O estudo dos fatores sociodemográficos e socioeconômicos de usuários doSistema Único de Saúde éimportante para o planejamento e a avaliação das ações dos serviços de saúde procurados por esta população. Objetivo:Descrever as características demográficas, socioeconômicas e da procura dos usuários adultos com demanda dereabilitação física ortopédica e neurológica emum Centro Especializado em Reabilitação de referência no Estado de Mato Grosso. Metodologia:Estudo observacional descritivo baseado nos prontuários dosetor de acolhimento de um Centro Especializado em Reabilitação de Mato Grosso,de fevereiro a maio de 2021. Foram analisados dados demográficos e socioeconômicos de usuários adultos de ambos os sexos. Utilizou-se o teste de qui-quadrado de Pearson para as associações entre as variáveis segundo eixo de reabilitação (ortopédica e neurológica). Resultados:Dos196 prontuários analisados,94% dos usuários eram procedentes de Cuiabá, comidade média de 50,3 anos, sendo 52,55% do sexo feminino. Aprocura pelo serviçofoi de 69%pela reabilitação ortopédica (69%) e de 31%reabilitação neurológica. Observaram-se diferenças estatisticamente significantes entre as frequências nos dois eixos dereabilitação física estudados nas variáveis idade (p=0,0005), escolaridade (p=0,0031), principal atividade de trabalho (p=0,0045), doenças concomitantes (p=0,0016), tratamento em outro estabelecimento de saúde (p=0,0041) e motivo da procura pela reabilitação (p<0,0001). Conclusões:Osresultados mostraram que os casos neurológicos possuem maior idade, baixo nível de escolaridadeepequeno percentual de trabalho remuneradoem relação aos casos ortopédicos. Tais resultados sugerem que as necessidades de saúde e de reabilitação dependem da singularidade dos casos e podem subsidiara efetivação depolíticas públicas que favoreçam a reorganização dos serviços e a articulação intersetorial entre saúde, educação emercado de trabalho (AU).


Introduction: Assessing sociodemographic and socioeconomic factors related to Unified Health System's users is essential to plan and evaluate the actions by the health services sought by them.Aim: Describing the demographic and socioeconomic features of adult users, and their search for having their orthopedic and neurological-physical rehabilitation demands fulfilled by a Specialized Center in Orthopedic and Neurological Rehabilitation in Mato Grosso State.Methodology: Observational descriptive study based on medical records collected between February and March 2021, provided by the welcoming sector of a Specialized Center in Rehabilitation in Mato Grosso State. Demographic and socioeconomic records of adult users belonging to both sexes were analyzed. Person's chi-square test was adopted to associate the variables based on the orthopedic and neurological rehabilitation axes.Results: In total, 94% of the 196 analyzed medical records regard patients from Cuiabá, in the mean age group 50.3 years; 52.55% of them belonged to the female sex. The search for orthopedic rehabilitation reached 69% and that for neurological rehabilitation recorded 31%. There were significant statistical differences between frequencies on the two assessed physical rehabilitation axes based on variables such as age (p=0.0005), schooling (p=0.0031), main labor activity (p=0.0045), concomitant diseases (p=0.0016), treatment provided in another health establishment (p=0.0041) and reason for seeking rehabilitation (p<0.0001). Conclusions: Results have shown that neurological cases are linked to older age, low schooling and low rate of paid work in comparison to orthopedic cases. These results have suggested that health and rehabilitation needs depend on cases' particularities; moreover, they can subsidize the process to make public policies to reinforce services'organization, as well as inter-sectoral articulation among health, education and labor market, effective (AU).


Introducción: El estudio de los factores sociodemográficos y socioeconómicos de los usuarios del Sistema Único de Salud es importante para planificar y evaluar las acciones de los servicios de salud buscados por esta población.Objetivo: Describir las características demográficas, socioeconómicas y de demanda de usuarios adultos con demanda de rehabilitación física ortopédica y neurológica en un Centro Especializado de Rehabilitación de Referencia en el Estado de Mato Grosso.Metodología: Estudio observacional descriptivo basado en las historias clínicas del sector de acogimiento de un Centro Especializado de Rehabilitación en Mato Grosso, de febrero a mayo de 2021. Se analizaron datos demográficos y socioeconómicos de usuarios adultos de ambos sexos. Se utilizóla prueba de chi-cuadrado de Pearson para las asociaciones entre las variables según el eje de rehabilitación (ortopédico y neurológico).Resultados: De las 196 historias clínicas analizadas, 94% de los usuarios provenían de Cuiabá, con una edad promedio de 50,3 años, de los cuales 52,55% eran de sexo femenino. La demanda del servicio fue del 69% para la rehabilitación ortopédica (69%) y del 31% para la rehabilitación neurológica. Se observaron diferencias estadísticamente significativas entre las frecuencias en los dos ejes de rehabilitación física estudiados en las variables edad (p=0,0005), escolaridad (p=0,0031), actividad laboral principal (p=0,0045), enfermedades concomitantes (p=0,0016), tratamiento en otro establecimiento de salud (p=0,0041) y motivo de búsqueda de rehabilitación (p <0,0001). Conclusiones:Los resultados mostraron que los casos neurológicos tienen mayor edad, bajo nivel de educación y un pequeño porcentaje de trabajo remunerado en relación con los casos ortopédicos. Estos resultados sugieren que las necesidades de salud y rehabilitación dependen de la singularidad de los casos y pueden apoyar la implementación de políticas públicas que favorezcan la reorganización de los servicios y la articulación intersectorial entre salud, educación y mercado laboral (AU).


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Centros de Reabilitação , Indicadores Básicos de Saúde , Pessoas com Deficiência/psicologia , Acesso aos Serviços de Saúde , Política Pública , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Distribuição de Qui-Quadrado , Registros Médicos , Estudos Observacionais como Assunto/métodos
3.
Enferm. foco (Brasília) ; 14: 1-7, mar. 20, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1525293

RESUMO

Objetivo: comparar os indicadores de acesso e uso de serviços de saúde de idosos comunitários de acordo com diferentes níveis de vulnerabilidade social. Métodos: estudo transversal conduzido com 805 idosos. Utilizado questionário da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios para mensurar indicadores de acesso e uso de serviços de saúde e Índice de Vulnerabilidade Social para avaliar a vulnerabilidade social. Resultados: idosos que viviam em áreas de elevada/muito elevada vulnerabilidade apresentaram maior proporção de desfechos negativos no vínculo com serviço (p<0,001), acesso aos medicamentos (p<0,001) e ao dentista (p<0,001). A maioria dos idosos que viviam em áreas mais vulneráveis recorria ao centro de saúde (54,2%); a maioria daqueles que residiam em áreas de baixa vulnerabilidade buscava atendimento particular (47,2%) (p<0,001). Conclusão: idosos que vivem em áreas de maior vulnerabilidade social apresentaram piores desfechos relacionados aos indicadores de acesso de serviços de saúde, embora utilizem com maior proporção o serviço público. (AU)


Objective: to compare the indicators of access to and use of health services by community elderly people according to different levels of social vulnerability. Methods: cross-sectional study carried out with 805 elderly people. A questionnaire from the National Household Sample Survey was used to measure indicators of access to and use of health services; and Social Vulnerability Index to assess social vulnerability. Results: elderly people living in areas of high/very high vulnerability had a higher proportion of negative outcomes in terms of bond with the service (p <0.001), access to medication (p <0.001) and access to the dentist (p < 0.001). Most elderly people living in more vulnerable areas used the health center (54.2%); most residents in low vulnerability areas sought private care (47.2%) (p <0.001). Conclusion: elderly people living in areas of greater social vulnerability had worse results related to indicators of access to health services, although they use the public service more often. (AU)


Objetivo: comparar los indicadores de acceso y uso de los servicios de salud por ancianos de la comunidad según diferentes niveles de vulnerabilidad social. Métodos: estudio transversal realizado con 805 ancianos. Se utilizó un cuestionario de la Encuesta nacional por muestreo de hogares para medir los indicadores de acceso y uso de los servicios de salud; e Índice de vulnerabilidad social para evaluar la vulnerabilidad social. Resultados: las personas mayores que viven en áreas de alta / muy alta vulnerabilidad tuvieron una mayor proporción de resultados negativos en términos de vínculo con el servicio (p <0,001), acceso a medicamentos (p <0,001) y acceso al dentista (p <0,001). La mayoría de los ancianos que viven en zonas más vulnerables utilizaron el puesto de salud (54,2%); la mayoría de los residentes en áreas de baja vulnerabilidad buscaron atención privada (47,2%) (p <0,001). Conclusión: los ancianos que viven en áreas de mayor vulnerabilidad social tuvieron peores resultados relacionados con los indicadores de acceso a los servicios de salud, aunque utilizan con mayor frecuencia el servicio público. (AU)


Assuntos
Idoso , Populações Vulneráveis , Determinantes Sociais da Saúde , Vulnerabilidade Social , Acesso aos Serviços de Saúde
4.
Epidemiol. serv. saúde ; 32(1): e2022563, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1421413

RESUMO

Objective: to analyze treatment delay and the flow of care for women with breast cancer in Brazil in 2019 and 2020. Method: this was a follow-up study of breast cancer cases available from the Oncology Panel; a chi-square test and multilevel logistic regression were performed in order to analyze the explanatory variables associated with delay (greater than 60 days) in starting treatment. Results: 22,956 cases (54.5%) with delay in treatment were identified in 2019 and 17,722 (48.7%) in 2020; the Southeast region (54.6%) had the greatest proportion of delay; delay was greater when treatment was provided outside the municipality of residence and lower in 2020 compared to 2019; most outward flows were to the capital cities in the same Federative Units of residence. Conclusion: strategies to reduce cancer treatment delay and optimize health care networks in the Federative Units should be prioritized.


Resumen Objetivo: analizar la demora en el tratamiento y el flujo asistencial de mujeres con cáncer de mama en Brasil en 2019 y 2020. Método: estudio de seguimiento de los casos de cáncer de mama disponibles en el Panel de Oncología. Para analizar las variables explicativas asociadas al retraso (mayor de 60 días) en el inicio del tratamiento se realizó la prueba de chi-cuadrado y la regresión logística multinivel. Resultados: se identificaron 22.956 casos (54,5%) en 2019 y 17.722 (48,7%) en 2020 con retraso en el tratamiento. La región Sudeste (54,6%) tuvo mayor proporción de atraso, siendo mayor cuando se realizó fuera del municipio de residencia y menor en 2020 en relación a 2019. Los flujos externos, en su mayoría, ocurrieron en las capitales de las mismas Unidades de la Federación (UFs) de residencia. Conclusión: se deben priorizar estrategias que reduzcan el intervalo de tiempo hasta el inicio del tratamiento del cáncer y optimicen las redes de atención de salud en los estados.


Objetivo: analisar o atraso para o tratamento e o fluxo assistencial de mulheres com câncer de mama no Brasil em 2019 e 2020. Métodos: estudo de seguimento de casos de câncer de mama disponibilizados no PAINEL-Oncologia; para analisar as variáveis explicativas associadas ao atraso (maior que 60 dias) no início do tratamento, realizou-se teste qui-quadrado e regressão logística multinível. Resultados: identificaram-se 22.956 casos (54,5%) em 2019 e 17.722 (48,7%) em 2020, com atraso para o tratamento; a região Sudeste (54,6%) teve maior proporção de atraso, que foi maior quando o tratamento foi realizado fora do município de residência, e menor em 2020, comparando-se a 2019; os fluxos externos, em sua maioria, ocorreram para as capitais das mesmas Unidades da Federação (UFs) de residência. Conclusão: estratégias que diminuam o intervalo de tempo até o início do tratamento oncológico e otimizem as redes de atenção em saúde nas UFs devem ser priorizadas.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Neoplasias da Mama/diagnóstico , Neoplasias da Mama/terapia , Tempo para o Tratamento , Acesso aos Serviços de Saúde , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Sistemas de Informação em Saúde , Determinantes Sociais da Saúde
5.
J. bras. pneumol ; 49(2): e20220092, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1421973

RESUMO

ABSTRACT Objective: Obstructive sleep apnea (OSA) is a highly prevalent chronic disease, associated with morbidity and mortality. Although effective treatment for OSA is commercially available, their provision is not guaranteed by lines of care throughout Brazil, making legal action necessary. This study aimed at presenting data related to the volume of legal proceedings regarding the access to diagnosis and treatment of OSA in Brazil. Methods: This was a descriptive study of national scope, evaluating the period between January of 2016 and December of 2020. The number of lawsuits was analyzed according to the object of the demand (diagnosis or treatment). Projections of total expenses were carried out according to the number of lawsuits. Results: We identified 1,462 legal proceedings (17.6% and 82.4% related to diagnosis and treatment, respectively). The projection of expenditure for OSA diagnosis in the public and private spheres were R$575,227 and R$188,002, respectively. The projection of expenditure for OSA treatment in the public and private spheres were R$2,656,696 and R$253,050, respectively. There was a reduction in the number of lawsuits between 2017 and 2019. Conclusions: Legal action as a strategy for accessing diagnostic and therapeutic resources related to OSA is a recurrent practice, resulting in inefficiency and inequity. The reduction in the number of lawsuits between 2017 and 2019 might be explained by the expansion of local health care policies or by barriers in the journey of patients with OSA, such as difficulties in being referred to specialized health care and low availability of diagnostic resources.


RESUMO Objetivo: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma doença crônica altamente prevalente, associada a morbidade e mortalidade. Embora tratamentos efetivos para a AOS estejam disponíveis comercialmente, seu fornecimento não é garantido pelos fluxos de atendimento em todo o Brasil, tornando necessária a judicialização. Este estudo teve como objetivo apresentar dados referentes ao volume de processos judiciais relacionados ao acesso ao diagnóstico e tratamento da AOS no Brasil. Métodos: Estudo descritivo de abrangência nacional, avaliando o período entre janeiro de 2016 e dezembro de 2020. O número de demandas judiciais foi analisado de acordo com o objeto da demanda (diagnóstico ou tratamento). As projeções das despesas totais foram realizadas de acordo com o número de demandas judiciais. Resultados: Foram identificados 1.462 processos judiciais (17,6% e 82,4% referentes a diagnóstico e tratamento, respectivamente). A projeção dos gastos com o diagnóstico da AOS nas esferas pública e privada foi de R$ 575.227 e R$ 188.002, respectivamente. A projeção dos gastos com o tratamento da AOS nas esferas pública e privada foi de R$ 2.656.696 e R$ 253.050, respectivamente. Houve redução do número de demandas judiciais entre 2017 e 2019. Conclusões: A judicialização como estratégia de acesso a recursos diagnósticos e terapêuticos relacionados à AOS é uma prática recorrente, resultando em ineficiência e iniquidade. A redução do número de demandas judiciais entre 2017 e 2019 pode ser explicada pela expansão das políticas locais de saúde ou por barreiras na jornada dos pacientes com AOS, como dificuldades de encaminhamento para atendimento especializado e a baixa disponibilidade de recursos diagnósticos.

6.
Rev. bras. epidemiol ; 26(supl.1): e230008, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1431586

RESUMO

ABSTRACT Objective: To analyze the demand and use of health services by Brazilian adolescents, according to sociodemographic characteristics. Methods: Cross-sectional study with data from the 2019 National School Health Survey, that assessed 124,898 adolescents aged 13 to 17 years. The crude and adjusted prevalence ratios (RPaj) by sex, age, and school administrative status and their 95% confidence intervals (95%CI) were calculated for the variables "search for a service or health professional", "search for a Basic Health Unit" and "assistance at the Basic Health Unit", using Poisson regression with robust variance. Results: The demand for a health service was reported by 56.56% (95%CI 55.82-57.29) of the adolescents and was lower among male students (RPaj: 0.95; 95%CI 0.94-0.95); those with black skin color (RPaj: 0.95; 95%CI 0.94-0.97), brown skin color (RPaj: 0.97; 95%CI 0.96-0.98), yellow skin color and indigenous ethnicity (RPaj: 0.95; 95%CI 0.94-0.97); public school students (RPaj: 0.90; 95%CI 0.89-0.90); and rural residents (RPaj: 0.96; 95%CI 0.94-0.98). A Basic Health Unit was the service sought by 74.08% (95%CI 73.21-74.94) of adolescents, more frequently among students of brown skin color (RPaj: 1.06; 95%CI 1.03-1.08), from public schools (RPaj: 1.32; 95%CI 1.29-1.35) and residing in rural areas (RPaj: 1.05; 95%CI 1,01-1,09). The main reason for seeking the Basic Health Unit was vaccination (27,93%; 95%CI 27,07-28,81). Conclusion: More than half of the adolescents searched for a health service, which means that this group has a high demand. However, health inequalities still persist and point to the importance of health care planning, reception conditions, and the quality of care provided.


RESUMO Objetivo: Analisar a procura e a utilização dos serviços de saúde por adolescentes brasileiros, segundo características sociodemográficas. Métodos: Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2019. A amostra foi composta de 124.898 adolescentes de 13 a 17 anos. Foram calculadas as razões de prevalência bruta e ajustada (RPaj) por sexo, idade e dependência administrativa e seus intervalos de confiança de 95% (IC95%) das variáveis "procura por algum serviço ou profissional de saúde", "procura por alguma Unidade Básica de Saúde" e "atendimento na Unidade Básica de Saúde", utilizando a regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: A procura por algum serviço de saúde foi relatada por 56,56% (IC95% 55,82-57,29) dos adolescentes, sendo menor entre o sexo masculino (RPaj: 0,95; IC95% 0,94-0,95); aqueles com cor da pele preta (RPaj: 0,95; IC95% 0,94-0,97), parda (RPaj: 0,97; IC95% 0,96-0,98), amarela e indígena (RPaj: 0,95; IC95% 0,94-0,97); estudantes de escolas públicas (RPaj: 0,90; IC95% 0,89-0,90) e residentes da zona rural (RPaj: 0,96; IC95% 0,94-0,98). A Unidade Básica de Saúde foi procurada por 74,08% (IC95% 73,21-74,94) dos adolescentes e foi mais frequente entre aqueles de cor da pele parda (RPaj: 1,06; IC95% 1,03-1,08), de escolas públicas (RPaj: 1,32; IC95% 1,29-1,35) e residentes da zona rural (RPaj: 1,05; IC95%1,01-1,09). O principal motivo da procura pela Unidade Básica de Saúde foi a vacinação (27,93%; IC95% 27,07-28,81). Conclusão: Mais da metade dos adolescentes procurou algum serviço de saúde, mostrando elevada demanda dessa população. Contudo, ainda persistem as desigualdades, o que nos alerta sobre a importância do planejamento, do acolhimento e da qualidade da atenção prestada aos adolescentes.

7.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1433851

RESUMO

Objective: to identify sociodemographic and regional differences in the lack of access of aged Brazilians to medicines for hypertension and/or diabetes mellitus in the last 30 days, in the years 2017, 2018 and 2019, based on data from the Telephone-based Surveillance of Risk and Protective Factors for Chronic Diseases (VIGITEL). Methods: a population-based transversal study using data from VIGITEL. Were eligible the elderly (≥60 years) who answered affirmatively to the questions "In the past 30 days, did you have been without any hypertension medications for some time?", "In the past 30 days did you have been without any high to control diabetes for some time?", and "In the past 30 days, did you ran out of insulin?" Chisquared test was used to describe the prevalence of the outcome in accordance with the independent variables, and ajusted Poisson Regression was used to estimate the prevalence ratio and respective 95% confidence intervals (95% CI). Results: the prevalence of the outcome was 11.8% in 2017, 11.4% in 2018, and 11.2% in 2019. A higher prevalence of lack of access to medications for hypertension and diabetes mellitus was observed among elderly people of black/brown/yellow/indigenous skin color, less educated, beneficiaries of Bolsa Família, without private health plan and living in the Northeast and North regions.Conclusion: there was a small reduction in the lack of access to medication for hypertension and diabetes between 2017 and 2019. Furthermore, the results reveal inequality in access to these medicines


Objetivos: identificar diferenças sociodemográficas e regionais na falta de acesso de idosos brasileiros a medicamentos para hipertensão e/ou diabetes mellitus nos últimos 30 dias, nos anos de 2017, 2018 e 2019, com base nos dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL). Métodos: estudo transversal de base populacional com dados do VIGITEL. Foram elegíveis os idosos (≥60 anos) que responderam afirmativamente às questões "'Nos últimos 30 dias, o(a) Sr.(a). ficou sem algum dos medicamentos para controlar a pressão alta por algum tempo?', 'Nos últimos 30 dias, o(a) Sr.(a). ficou sem algum dos medicamentos para controlar a diabetes por algum tempo?' e 'Nos últimos 30 dias, o(a) Sr.(a). ficou sem insulina?'". O teste qui-quadrado foi utilizado para descrever a prevalência do desfecho de acordo com as variáveis independentes e a Regressão de Poisson ajustada foi utilizada para estimar a razão de prevalência e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%). Resultados: a prevalência do desfecho foi de 11,8% em 2017, 11,4% em 2018 e 11,2% em 2019. A prevalência de falta de acesso a medicamentos para hipertensão e diabetes mellitus foi maior entre os idosos de cor da pele preta/parda/amarela/indígena, com menor escolaridade, beneficiários do Bolsa Família, sem plano privado de saúde e residentes nas regiões Nordeste e Norte. Conclusão: houve uma pequena redução na falta de acesso a medicamentos para hipertensão e diabetes entre 2017 e 2019. Além disso, os resultados revelam desigualdade no acesso a esses medicamentos


Assuntos
Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Diabetes Mellitus/tratamento farmacológico , Hipertensão/tratamento farmacológico , Atenção Primária à Saúde , Preparações Farmacêuticas
8.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(10): e00215222, 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1520539

RESUMO

Resumo: O objetivo deste artigo foi analisar a associação entre raça/cor e assistência à saúde, em adultos hospitalizados pela síndrome respiratória aguda grave (SRAG)/COVID-19 no Brasil, entre março de 2020 e setembro de 2022. Trata-se de estudo transversal, que utilizou o banco de dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) e contou com uma população composta por adultos (≥ 18 anos). A classificação final foi SRAG por COVID-19 ou SRAG não especificada. O efeito direto do aspecto cor na mortalidade intra-hospitalar foi estimado por meio de regressão logística ajustada por idade, sexo, escolaridade, sistema de saúde e período, estratificado por situação vacinal. Esse mesmo modelo foi utilizado também para avaliar o efeito do quesito cor nas variáveis de acesso aos serviços de saúde: unidade de terapia intensiva (UTI), tomografia, radiografia de tórax e suporte ventilatório. Os resultados evidenciam que pretos, pardos e indígenas morreram mais, independentemente do grau de escolaridade e da quantidade de comorbidades, com maiores chances de óbito em 23%, 32% e 80%, respectivamente, ao serem submetidos ao suporte ventilatório. Foram observadas diferenças raciais no uso de serviços de saúde e nos desfechos de morte por COVID-19 ou SRAG não especificada, em que minorias étnicas tiveram maiores taxas de mortalidade intra-hospitalar e os recursos hospitalares foram utilizados com menos frequência. Tais resultados sugerem que as populações negra e indígena têm severas desvantagens em relação à branca, enfrentando barreiras de acesso aos serviços de saúde no contexto da pandemia de COVID-19.


Resumen: Se pretende analizar la asociación entre raza/color en la atención de la salud de adultos hospitalizados por síndrome respiratorio agudo severo (SARS)/COVID-19 en el período entre marzo de 2020 y septiembre de 2022, tomando Brasil como unidad de análisis. Se trata de un estudio transversal, en que se utilizó la base de datos del Sistema de Información de Vigilancia Epidemiológica de la Gripe (SIVEP-Gripe) y tuvo una muestra compuesta por adultos (≥ 18 años) y la clasificación final fue SARS por COVID-19 o SARS no especificado. El efecto directo de la pregunta color sobre la mortalidad intrahospitalaria se estimó mediante la regresión logística ajustada según edad, sexo, nivel de estudios, sistema de salud y período, estratificada por estado de vacunación. Este modelo también se utilizó para evaluar el efecto de la pregunta color en las variables de acceso a los servicios de salud: unidades de cuidado intensivo (UCI), tomografía, radiografía de tórax y soporte ventilatorio. Los resultados muestran que negros, pardos e indígenas murieron más, independientemente del nivel de estudios y el número de comorbilidades, y cuando fueron sometidos a soporte ventilatorio, tuvieron mayores probabilidades de muerte con el 23%, 32% y 80%, respectivamente. Se observaron diferencias raciales en el uso de los servicios de salud y los resultados de muerte por COVID-19 o SARS no especificado, en los que las minorías étnicas tuvieron una mayor mortalidad intrahospitalaria y los recursos hospitalarios se utilizaron con menos frecuencia. Estos resultados evidencian que las poblaciones negra e indígena tienen graves desventajas en comparación con la población blanca, afrontando dificultades de acceso a los servicios de salud en el contexto de la pandemia del COVID-19.


Abstract: The objective was to analyze the association of race/skin color in health care, in adults hospitalized with severe acute respiratory syndrome (SARS)/COVID-19, between March 2020 and September 2022, with Brazil as the unit of analysis. This is a cross-sectional study that used the Influenza Epidemiological Surveillance Information System (SIVEP-Gripe) database and had a population composed of adults (≥ 18 years) and the final classification was SARS by COVID-19 or unspecified SARS. The direct effect of skin color on in-hospital mortality was estimated through logistic regression adjusted for age, gender, schooling level, health care system and period, stratified by vaccination status. This same model was also used to assess the effect of skin color on the variables related to access to health care services: intensive care unit (ICU), tomography, chest X-ray and ventilatory support. The results show that black, brown and indigenous people died more, regardless the schooling level and number of comorbidities, with 23%, 32% and 80% higher chances of death, respectively, when submitted to ventilatory support. Racial differences were observed in the use of health care services and in outcomes of death from COVID-19 or unspecified SARS, in which ethnic minorities had higher in-hospital mortality and lower use of hospital resources. These results suggest that black and indigenous populations have severe disadvantages compared to the white population, facing barriers to access health care services in the context of the COVID-19 pandemic.

9.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(8): e00249122, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513902

RESUMO

The great socioeconomic inequality that prevails in Brazil and the existence of a national health system with universal coverage places the need to monitor the evolution and social inequities regarding access to these services. This study aims to analyze the changes in the prevalence of health care use and the extent of social inequality in the demand, use and, access, resolution of health problems, satisfaction, and health care use of Brazilian Unified National Health System (SUS) according to education levels in the population living in the urban area of the Municipality of São Paulo, in 2003 and 2015. We analyzed data from two population-based household health surveys (Health Survey in São Paulo City - ISA-Capital) from 2003 and 2015. Dependent variables related to health care use in the two weeks preceding the survey and due to diseases included demand, access, satisfaction, problem resolution, and the public or private nature of the service. Prevalence was estimated using level of education and prevalence ratios (PR) by the Poisson regression. In the period, the demand for health care, access, resolution, and use of public health care increased from 2003 to 2015. Inequities in public health care use changed from 2003 to 2015 according to level of education. We found no social inequities in health care use in the municipality of São Paulo regarding demand, access, satisfaction, and resolution according to levels of education. Results show progress in the use and resolution of health care services, as well as the strong concentration of the use of SUS by the population with lower education. Results indicate the progress that SUS has made, but also show persistent challenges in the use and access to services.


A grande iniquidade socioeconômica que prevalece no Brasil e a existência de um sistema nacional de saúde com cobertura universal torna necessário o acompanhamento da evolução e das iniquidades sociais no acesso aos serviços. Analisar as mudanças na prevalência do uso de serviços de saúde e o grau de iniquidade social considerando a demanda, o uso e acesso, resolução de problemas de saúde, satisfação e utilização dos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o nível de escolaridade, na população residente na zona urbana do Município de São Paulo, em 2003 e 2015. Foram analisados dados de dois inquéritos domiciliares de saúde de base populacional (Inquérito de Saúde do Município de São Paulo - ISA-Capital) de 2003 e 2015. As variáveis dependentes relacionadas à utilização de serviços de saúde nas duas semanas anteriores à pesquisa e devido à presença de alguma doença incluem: demanda, acesso, satisfação, resolução do problema e a natureza pública ou privada do serviço. A prevalência foi estimada por meio da escolaridade e das razões de prevalência (RP) por regressão de Poisson. Entre 2003 e 2015, a demanda por cuidados de saúde, acesso, resolutividade e utilização de serviços públicos de saúde aumentou. As iniquidades no uso da saúde pública mudaram de 2003 para 2015 quando se trata do nível de escolaridade. Não foram encontradas iniquidades sociais na utilização dos serviços de saúde no Município de São Paulo em termos de demanda, acesso, satisfação e resolutividade, segundo o nível de escolaridade. Os resultados mostram avanços na utilização e resolutividade dos serviços de saúde, bem como uma forte concentração do uso do SUS pela população com menor nível de escolaridade. Os resultados indicam os avanços do SUS, mas também mostram que ainda há desafios no uso e acesso aos serviços.


La gran desigualdad socioeconómica que prevalece en Brasil y la existencia de un sistema nacional de salud con cobertura universal hace necesario el seguimiento de la evolución y de las desigualdades sociales en el acceso a los servicios. Analizar los cambios en la prevalencia del uso de servicios de salud y el grado de desigualdad social considerando la demanda, el uso y acceso, resolución de problemas de salud, satisfacción y utilización de los servicios de salud del Sistema Único de Salud brasileño (SUS), según el nivel de educación, en la población residente en la zona urbana del Municipio de São Paulo, en 2003 y 2015. Se analizaron los datos de dos encuestas de salud domiciliaria de base poblacional (Encuesta de Salud en el Municipio de São Paulo - ISA-Capital) de 2003 y 2015. Las variables dependientes relacionadas con el uso de los servicios de salud en las dos semanas anteriores a la investigación y debido a la presencia de alguna enfermedad incluyen: la demanda, el acceso, la satisfacción, la resolución del problema y la naturaleza pública o privada del servicio. La prevalencia se estimó mediante la educación y las razones de prevalencia (RP) mediante regresión de Poisson. Entre 2003 y 2015, aumentó la demanda de atención médica, el acceso, la resolución y el uso de los servicios de salud pública. Las desigualdades en el uso de la salud pública cambiaron de 2003 a 2015 en lo que respecta al nivel de educación. No fueron encontradas desigualdades sociales en la utilización de los servicios de salud en el municipio de São Paulo en términos de demanda, acceso, satisfacción y resolutividad, según el nivel de educación. Los resultados muestran avances en la utilización y la resolutividad de los servicios de salud, así como una fuerte concentración del uso del SUS por parte de la población con menor nivel de educación. Los resultados indican los avances del SUS, pero también muestran que todavía hay desafíos en el uso y acceso a los servicios.

10.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1450399

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the factors associated with poor access to health services for the depression treatment in Brazil. METHODS This study used data from the Brazilian National Survey of Health, conducted in the years 2019 and 2020. The sample consisted of 8,332 individuals with a self-reported diagnosis of depression, and poor access to healthcare was identified from the question "what is the main reason for you to not visit the physician/health service regularly for your depression?" From which poor access was identified by the affirmative answer reporting distance of health services or difficulties with transportation; waiting time at the health service; financial difficulties; opening hours of the health service; Not being able to schedule a consultation via health insurance; does not know who to look for or where to go, among others. Sociodemographic aspects and health conditions were analyzed. Bivariate and multivariate analysis was performed using Poisson Regression. RESULTS The prevalence of poor access to health services for depression treatment was 14.9% (95%CI: 13.6-16.2), relating to individuals aged 15-29 years (PR = 1.52) and 30-59 years old (PR = 1.22), without education (PR = 1.43), who rate their health as regular/poor/very poor (PR = 1.26), who have some limitation in their usual activities (PR = 2.71), who had the last consultation within 6 months of less than 2 years (PR = 2.63) and for more than 2 years (PR = 2.25) and who do not undergo psychotherapy (PR = 4.28). CONCLUSION Poor access to health services for depression treatment was associated with individual factors and health conditions.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Inquéritos Epidemiológicos , Depressão , Disparidades nos Níveis de Saúde , Acesso aos Serviços de Saúde
11.
Rev. saúde pública (Online) ; 57: 55, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1515541

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVES To compare the coverage of cervical cancer screening in Brazil in 2013 and 2019, investigating the factors associated with having the test performed and the reasons given for not doing it. Additionally, a comparison is made concerning the time taken to receive the test result in SUS (Sistema Único de Saúde) and in the private health services. METHODS Using data from the National Health Survey (Pesquisa Nacional de Saúde - PNS), prevalence rates and corresponding confidence intervals were calculated to determine the frequency of recent cervical cancer screenings among women aged between 25 and 64 years old in Brazil, for both 2013 and 2019. Poisson regression models were employed to compare the prevalence of the outcome according to sociodemographic characteristics. The reasons for not having the test and the time between performing and receiving the result were also analyzed. RESULTS The findings revealed an increase in the coverage of preventive cervical cancer exams in Brazil from 78.7% in 2013 to 81.3% in 2019. Additionally, there was a decline in the proportion of women who had never undergone the exam, from 9.7% to 6.1%. Prevalence of test uptake was higher among white women, those with higher levels of education and income, and those residing in the South and Southeast regions of the country. The most commonly cited reasons for not taking the test were the impression it was unnecessary (45% in both 2013 and 2019) and never having been asked to undergo the test (20.6% in 2013 and 14.8% in 2019). CONCLUSIONS Despite the high coverage of screening achieved in the country, there is great inequality in access to the test, and a non-negligible number of women are at greater risk of dying from a preventable disease. Efforts must be made to structure an organized screening program that identifies and captures the most vulnerable women.


RESUMO OBJETIVOS Comparar a cobertura do rastreamento do câncer de colo do útero no Brasil em 2013 e 2019, investigar os fatores associados à realização do exame e os motivos informados para não ter realizado, além de comparar o tempo do recebimento do resultado do exame no SUS e na rede privada. MÉTODOS A partir de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) foram calculadas as prevalências e os respectivos intervalos de confiança de realização do exame preventivo do câncer do colo do útero há menos de três anos, em mulheres de 25 a 64 anos, em 2013 e 2019. Modelos de regressão de Poisson foram utilizados para comparar as prevalências do desfecho segundo características sociodemográficas. Também foram analisados os motivos para não ter feito o exame e o tempo entre a realização e o recebimento do laudo. RESULTADOS Houve aumento na cobertura do exame preventivo no Brasil entre 2013 (78,7%) e 2019 (81,3%) e redução na proporção de mulheres que nunca fizeram o exame de 9,7% para 6,1%. A prevalência de realização do exame foi maior em mulheres brancas, melhor escolaridade e renda mais alta, residentes nas regiões Sul e Sudeste. Os motivos mais frequentes para não realizar o exame foram achar desnecessário (45% em 2013 e em 2019) e nunca ter sido orientada a fazê-lo (20,6% em 2013 e 14,8% em 2019). CONCLUSÕES Apesar das elevadas coberturas de rastreamento alcançadas pelo país, há grande desigualdade no acesso ao exame, e uma parcela não desprezível de mulheres está sob maior risco de morrer por uma doença que pode ser evitada. Esforços devem ser feitos para a estruturação de um programa de rastreamento organizado que identifique e capte as mulheres mais vulneráveis.


Assuntos
Humanos , Feminino , Colo do Útero , Programas de Rastreamento , Inquéritos Epidemiológicos , Teste de Papanicolaou , Acesso aos Serviços de Saúde , Neoplasias
12.
Salud UNINORTE ; 38(3)Sep.-Dec. 2022.
Artigo em Espanhol | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1536814

RESUMO

La audiología, como campo profesional reciente, ha estado profundamente arraigada al paradigma positivista y a las lógicas de la biomedicina que no permiten superar la visión asistencial, clínica, terapéutica e individualista de la salud. Esto ha dificultado intentar desplazamientos teóricos, epistemológicos y ético-políticos que permitan entender la salud auditiva desde perspectivas que se preocupen por trascender el individuo y su esencia biológica, así como entrar en los debates contemporáneos de la salud. Los Determinantes Sociales de la Salud, como corriente de pensamiento fundamentada en la epidemiología clásica, propone un marco interpretativo social que avanza al estudio de las desigualdades injustas y evitables, entre ellas las que se producen en el acceso y uso a los servicios de salud, los cuales operan de manera desigual en los sistemas sanitarios. Colombia no es la excepción, el asunto es que poco se estudian estas realidades en el sistema de salud desde la audiología, lo cual pone en evidencia las deudas en este campo que requiere de atención urgente de cara a lo que la misma organización propone frente a mejorar las condiciones de vida y luchar por la distribución desigual del dinero, los recursos y el poder.


Audiology, as a recent professional field, has been deeply rooted in the positivist paradigm and the logic of biomedicine that does not allow us to overcome the healthcare, clinical, therapeutic and individualistic vision of health. This has made it difficult to attempt theoretical, epistemological and ethical-political shifts that allow hearing health to be understood from perspectives that are concerned with transcending the individual and its biological essence, as well as entering contemporary health debates. The Social Determinants of Health as a current of thought based on classical epidemiology, proposes a social interpretive framework that advances the study of unfair and avoidable inequalities, including those that occur in access to and use of health services, which operate unequally in health systems. Colombia is no exception, the issue is that these realities are little studied in the health system from audiology, which highlights the debts in this field that requires urgent attention in the face of the recommendations of the Determinants Commission Social Health of the World Health Organization, confront, improve living conditions, and fight for the unequal distribution of money, resources and power. Joint efforts are needed to transform realities that pass through the health system every day.

13.
Rev. Ciênc. Plur ; 8(3): 26784, out. 2022. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS, BBO | ID: biblio-1399474

RESUMO

Introdução:Uma ampla gama de fatores pode contribuir para facilitar ou restringir o uso de serviços de saúde bucal pela população. A compreensão desses fatores pode contribuir para a identificação das parcelas da população com maior dificuldade de acesso e auxiliar na elaboração de políticas públicas de saúde voltadas para populações específicas de forma equânime. Objetivo:Analisar a produção científica acerca dos fatores associados ao uso de serviços odontológicos públicos no Brasil.Metodologia:Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, com busca de artigos originais publicados entre 2011 e 2021, nas bases Medline, Lilacs, SciELO e BVS. De um total de 724 estudos, 10 artigos atenderam aos critérios de elegibilidade propostos e foram selecionados para a revisão.Resultados:entre as crianças os fatores associados ao uso de serviços odontológicos públicos foram: condição socioeconômica, raça, escolaridade da mãe e necessidade de tratamento. Nos adultos: gênero, raça, renda, nível de escolaridade, histórico de dor de dente, cárie, avaliação do tratamento recebido como regular, autopercepção de saúde bucal e de necessidade de tratamento. E entre idosos: raça, renda, nível de escolaridade, uso de serviços para fins curativos, uso de prótese e autopercepção da saúde bucal. Conclusões:Sugerem-se estudos longitudinais para elucidação de relações de causalidade e estudos com a população adolescente. São necessárias mudanças na assistência odontológica no país, de forma a superar a perspectiva focalizada de um SUS para pobres e alcançar uma Atenção à Saúde Bucal baseada nos princípios da universalidade, integralidade e equidade (AU).


Introduction:A wide range of factors can contribute to facilitate or to limit the use of oral health services by people. The understanding of these variables can contribute to identify the segments of the population with more difficulty of access and help the development of public health policies related to specific groups of people evenly. Objective:This paper aims to analyze the scientific production about the factors associated with the public dental services in Brazil. Methodology:An integrative review about the literature in the area was conducted, in search for papers published between 2011 and 2021, in Medline, Lilacs, SciELO and BVS. From 724 studies, 10 researches fulfilled the proposed eligibility criteria and were selected to the review. Results:Among the children, the factors associated with the use of public dental services were: socioeconomic condition, race, mother ́s educational degree and the need for treatment. In the case of adults: gender, race, income, level of education, medical history of toothache and dental caries, regular evaluation of the treatment received, the self-perception of oral health and of the need of treatment. Among the elderly people: race, income, level of education, the use of services for curative purposes, the use of prosthesisand the self-perception of oral health. Conclusions:It is suggested the development of longitudinal studies in order to elucidate the relations of causality and of studies with the teenagers. Changes in dental assistance in the country are necessary, in order to overcome the perspective of a SUS to poor people and to reach a Primary Dental Healthcare based in the principles of universality, integrality and equity (AU).


Introducción: Una amplia gama de factores puede contribuir a facilitar o restringir el uso de los servicios de salud bucal por parte de la población. La comprensión de estos factores puede contribuir a la identificación de las partes de la población con mayor dificultad de acceso y ayudar en la elaboración de políticas públicas de salud dirigidas a poblaciones específicas de manera equitativa. Objetivo: Analizar la producción científica sobre factores asociados al uso de los servicios públicos odontológicos en Brasil. Metodología: Se realizó una revisión integrativa de la literatura, buscando artículos originales publicados entre 2011 y 2021, en las bases de datos Medline, Lilacs, SciELO y BVS. De un total de 724 estudios, 10 artículos cumplieron con los criterios de elegibilidad propuestos y fueron seleccionados para revisión. Resultados: Entre los niños, los factores asociados al uso de los servicios odontológicos públicos fueron: nivel socioeconómico, raza, nivel de escolaridad de la madrey necesidad de tratamiento. En adultos: género, raza, ingresos, nivel de escolaridad, antecedentes de dolor de dientes, caries, evaluación del tratamiento recibido como habitual, autopercepción de la salud bucal y de necesidad de tratamiento. Y entre los adultos mayores: raza, ingresos, nivel de escolaridad, uso de servicios con fines curativos, uso de prótesis y autopercepción de la salud bucal. Conclusiones: Se sugieren estudios longitudinales para aclarar las relaciones causales y estudios sobre la población adolescente. Se necesitan cambios en la atención odontológica en el país, a fin de superar la perspectiva focalizada de un SUS para los pobres y lograr una Atención de Salud Bucal basada en los principios de la universalidad, integralidad y equidad (AU).


Assuntos
Assistência Odontológica , Serviços de Saúde Bucal/estatística & dados numéricos , Política de Saúde , Acesso aos Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos , Sistema Único de Saúde
14.
Acta med. costarric ; 64(2)jun. 2022.
Artigo em Espanhol | LILACS, SaludCR | ID: biblio-1419882

RESUMO

Objetivo: el propósito de este estudio es presentar y aplicar una herramienta metodológica para identificar las zonas en las cuales el acceso a los servicios de salud pudiera resultar difícil para la población debido a la barrera geográfica, tanto por su distancia al centro médico, como por su capacidad de desplazamiento, específicamente en los cantones de Curridabat, Escazú y Desamparados. Métodos: a partir de la división geográfica del país en unidades geoestadísticas mínimas realizada por el Instituto Nacional de Estadísticas y Censos, se calculó, por cada unidad, la distancia en minutos que se tardaría en recorrer caminando, por la ruta real más rápida, desde la unidad geoestadística mínima hasta la sede de su equipo básico de atención en salud asignado. Resultados: el 3,4% de la población estudiada vivía en una unidad geoestadística mínima clasificada como con dificultad importante de acceso a los servicios de salud, pues presentaba tanto la barrera física de la distancia, como poco desplazamiento en automotores y baja condición socioeconómica. Se identificaron 65 unidades geoestadísticas mínimas (sobre 2014 incluidas en el estudio) que se encontraban a más de 20 minutos caminando de la sede de su equipo básico de atención en salud y cuya población contaba con baja capacidad de desplazamiento y baja condición socioeconómica; la mayoría de ellas en el Área de Salud de Desamparados. Conclusión: este estudio presenta una herramienta metodológica para aplicar en la identificación de zonas a cuya población le pudiera resultar difícil el acceso geográfico a los servicios de salud, tanto por su distancia a un centro médico, como por su capacidad de desplazamiento, específicamente en los cantones de Curridabat, Escazú y Desamparados.


Aim: The objective of this study is to present and apply a methodological tool to identify the areas in which the inhabitants could have geographic access difficulties as a barrier to access to health services, both because of its distance from the health center and its mobility capacity, specifically in the cantons of Curridabat, Escazú and Desamparados. Methods: Based on the geographical division of the country into minimum geostatistical units carried out by the Instituto Nacional de Estadísticas y Censos, the distance in minutes that it would take to walk it was calculated for each unit, based on the actual fastest route between the minimum geostatistical unit and the headquarters of its assigned basic health care team. Results: An 3.4% of the studied population lived in a minimum geostatistical unit classified as having significant difficulty accessing health services since they accumulated both the physical barrier of distance and little mobility in automobiles. 65 minimum geostatistical units were identified (out of 2014 included in the study) as being at more than 20 minutes walking from the basic health care team, with a population with low mobility capacity, and consequently low socioeconomic status. Most of these were found in the Desamparados Health Area. Conclusion: This study presents and applies a methodological tool to identify the areas in which the inhabitants could have geographic access difficulties as a barrier to access to health services, both due to their distance from the health center and their mobility capacity, in Curridabat, Escazú and Desamparados.


Assuntos
Fatores Socioeconômicos , Localizações Geográficas , Acesso aos Serviços de Saúde , Costa Rica , Atenção à Saúde
15.
Rev. bras. med. fam. comunidade ; 17(44): 3161, 20220304. ilus
Artigo em Inglês, Português | LILACS, ColecionaSUS | ID: biblio-1410982

RESUMO

Em 1971, Hart publicou um artigo propondo a Lei dos Cuidados Inversos, segundo a qual "a oferta de cuidados médicos de qualidade tenderia a variar inversamente às necessidades da população atendida". Ao longo dos últimos 50 anos, o texto foi citado com frequência crescente na literatura. Apresentamos aqui uma perspectiva de como as reflexões de Hart se articulam com as mudanças na Prevenção ao longo desse período, especialmente no que toca à Atenção Primária em Saúde.


In 1971, Hart published an article proposing the Inverse Care Law, suggesting that "The availability of good medical care tends to vary inversely with the needs of the population served". Over the past 50 years, the article has been cited with increasing frequency in the literature. The present article brings a perspective about how Hart's reflections connect with the changes on Health Prevention throughout this period, especially in relation to Primary Health Care


En 1971, Hart publicó un artículo proponiendo la Ley de Atención Inversa, según la cual "la provisión de atención médica de calidad tendería a variar inversamente a las necesidades de la población atendida". Durante los últimos 50 años, el texto se ha citado con una frecuencia cada vez mayor en la literatura. Presentamos una perspectiva de cómo las reflexiones de Hart se articulan con los cambios en Prevención durante este período, especialmente en lo que respecta a la Atención Primaria en Salud.


Assuntos
Atenção Primária à Saúde , Acesso aos Serviços de Saúde , Prevenção Primária , Fatores Socioeconômicos
16.
Rev. méd. Chile ; 150(1): 70-77, ene. 2022. tab
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-1389620

RESUMO

BACKGROUND: In Chile, an eventual implementation of a plan with universal health coverage is a challenge. The already implemented explicit health guarantees plan (GES) could be a benchmark. For this reason, it is important to obtain information about the results of its implementation. AIM: To identify the social determinants of health that influence the access to GES. MATERIAL AND METHODS: The National Socioeconomic Characterization Survey performed in 2017 was used as a data source. The beneficiaries of 20 diseases covered by GES and inquired in the survey were considered for the present study. RESULTS: People with the higher probability of access to GES plan belong to the lowest income quintiles, are nationals, live in the central-southern metropolitan Santiago, have lower education, have a public health insurance program (FONASA) and are aged mostly over 60 years. The diseases with the highest probability of access to the program are primary arterial hypertension, type 1 and type 2 diabetes mellitus, acute myocardial infarction, moderate and severe bronchial asthma, breast cancer, colon cancer, and bipolar disorder. CONCLUSIONS: The access probability to the GES program is in line with the epidemiological profile of the Chilean population, and with a greater social vulnerability.


Assuntos
Humanos , Idoso , Determinantes Sociais da Saúde , Acesso aos Serviços de Saúde , Programas Nacionais de Saúde/organização & administração , Fatores Socioeconômicos , Chile , Cobertura Universal do Seguro de Saúde/organização & administração
17.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(4): ES124221, 2022. tab
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-1374825

RESUMO

El objetivo de esta investigación fue la identificación de las barreras más recurrentes de acceso a abortos en contextos clínicos (clandestinos o legales), desde la perspectiva de acompañantes, activistas feministas que acompañan a mujeres que optaron por abortos autogestionados con medicamentos. Realizamos 14 entrevistas semiestructuradas con acompañantes en tres regiones mexicanas: Baja California y Chiapas, ambos contextos restrictivos, y la Ciudad de México, donde el aborto por voluntad es legal hasta las 12 semanas. Identificamos cuatro categorías en las cuales se entretejen las vulnerabilidades sociales de las mujeres que deciden abortar, la falta de información, persistencia de estigma, y la influencia del marco legal, los fallos en la atención del aborto, incluso en las clínicas de interrupción legal de embarazo (en la Ciudad de México), y mala calidad de los servicios prestados -maltrato, objeción de conciencia y denuncia de los proveedores de salud-, y, por último, los grupos anti-derechos y sus estrategias. En las tres regiones, el acceso a abortos clínicos sigue siendo un privilegio reservado para las mujeres que cuentan con los recursos económicos, logísticos y sociales indispensables para realizarlo en esos espacios. La existencia de un programa Interrupción Legal de Embarazo en solamente una entidad denota la existencia de una desigualdad jurídica y sanitaria. Los hallazgos de este estudio sobre mujeres acompañantes de abortos aportan elementos para que el Estado mexicano mejore el acceso a abortos seguros para todas las mujeres, sobre todo ahora que la Suprema Corte de la Justicia de la Nación decretó la despenalización, y la legalización inminente en todo el país.


The study aimed to identify the most frequent barriers in access to abortions in both clandestine and legal clinical contexts, from the perspective of accompanying persons, namely feminist activists who accompanied women that opted for voluntary abortions with medication. We performed 14 semi-structured interviews with accompanying persons in three regions of Mexico: Baja California and Chiapas, both of which are restrictive contexts, and Mexico City, where elective abortion is legal up to 12 weeks' gestational age. We identified four categories in which the social vulnerabilities of women who elect to undergo abortion intersect, namely lack of information, persistence of stigma, influence of the legal framework, and flaws in abortion care, including in clinics for legal termination of pregnancy (in Mexico City), and poor quality of the services provided, with verbal abuse, conscientious objection, and healthcare provider complaints, and finally the antichoice groups and their strategies. In the three regions, access to abortion clinics is still a privilege reserved for women with the necessary economic, logistic, and socials resources for the procedure in these settings. The existence of a program for legal termination of pregnancy (Interrupción Legal de Embarazo) in only one entity reveals the existence of a legal and health inequality. The study's findings on accompanying persons for women undergoing abortions provide backing for the Mexican government to improve access to safe abortions for all women, especially now that the country's Supreme Court has decreed the procedure's decriminalization and its imminent nationwide legalization.


O objetivo dessa pesquisa era identificar as barreiras mais recorrentes no acesso a abortos em contextos medicalizados (clandestinos ou legais), desde o ponto de vista de acompanhantes, ativistas feministas que acompanham mulheres que optaram por abortos autogeridos com medicamentos. Realizamos 14 entrevistas semiestruturadas com acompanhantes em três regiões mexicanas; Baja California e Chiapas, ambas com legislações restritivas, e Cidade de México, onde o aborto voluntário é legal até 12 semanas de gestação. Identificamos quatro categorias nas quais se mesclam as vulnerabilidades sociais das mulheres que decidem abortar, a falta de informação, a persistência de estigma, e a influência do marco legal, as falhas no atendimento para o aborto, inclusive nas clínicas de interrupção legal de gravidez (na Cidade de México), e a baixa qualidade dos serviços prestados - maus tratos, objeção de consciência e denúncia contra os profissionais de saúde -, e, por último, os grupos antiaborto e suas estratégias. Nas três regiões, o acesso a abortos medicalizados continua sendo um privilégio reservado as mulheres que dispõem dos recursos económicos, logísticos e sociais imprescindíveis para realizá-lo naqueles espaços. A presença de um programa de interrupção legal de gravidez (Interrupción Legal de Embarazo) em apenas uma entidade denota a existência de uma desigualdade jurídica e sanitária. Os resultados desse estudo sobre mulheres acompanhantes de abortos trazem elementos para que o Estado mexicano melhore o acesso a abortos seguros para todas as mulheres, sobre tudo agora que a Suprema Corte de Justiça do México decretou a descriminalização e que a legalização é iminente no país como um todo.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Aborto Induzido , Aborto Legal , Brasil , Disparidades nos Níveis de Saúde , México
18.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(5): e00219421, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1374834

RESUMO

In 2017, in a scenario of financial restrictions caused by an economic crisis in Brazil, a new primary health care policy promoted changes in the way different primary health care models were prioritized and implemented, with possible negative effects on the access to primary health care. This study aims to investigate if the 2017 Brazilian National Primary Care Policy (PNAB) negatively affected the primary care organization based on the Family Health Strategy (FHS) model and on the access to public primary care services in the city of Rio de Janeiro. The annual averages and the pre- and post-2017 averages of 15 variables were analyzed to identify possible trend breaks in 2017. A Bayesian structural time series model was used to determine the differences between actual and predicted post-2017 averages of each variable. The data were obtained via the Brazilian Health Informatics Department (DATASUS), the Department of Informatics of the Brazilian Unified National Health System. The annual average of family health teams was 1,179.9 teams, in 2017, and 788.8 teams in 2020, while the annual average of equivalent family health teams was 163.6, in 2017, and 125.4, in 2020. The actual post-2017 average of 989.3 family health teams (p = 0.004) was 16.7% lower than the predicted post-2017 average of 1,187.4 teams. In total, 62.6% and 40.5% of the population in Rio de Janeiro were covered by the FHS in 2017, and 2020, respectively. The provision of public primary care services decreased after 2017. Results show a deterioration of the FHS in Rio de Janeiro after 2017 and no increase in the traditional primary care model. Access to public primary care services reduced in the same period.


Em 2017, dentro de um cenário de restrições financeiras provocadas por uma crise econômica no Brasil, uma nova política de atenção primária em saúde introduziu mudanças na maneira que diferentes modelos de atenção primária eram priorizados e implementados, com possíveis efeitos negativos no acesso à atenção primária. O estudo teve como objetivo investigar se a Política Nacional de Atenção Básica de 2017 teve impacto negativo sobre a organização da atenção primária baseada no modelo da Estratégia Saúde da Família (ESF) e no acesso aos serviços de atenção primária no Município do Rio de Janeiro. Foram analisadas as médias anuais e as médias pré- e pós-2017 de 15 variáveis para identificar possíveis quebras de tendência em 2017. Foi usado um modelo bayesiano de séries temporais estruturais para determinar as diferenças entre as médias pós-2017 reais e previstas para cada variável. Os dados foram obtidos do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). O número anual médio de equipes de saúde da família foi 1.179,9 em 2017 e 788,8 em 2020, enquanto a média anual de equivalentes de equipes de saúde da família foi 163,6 em 2017 e 125,4 em 2020. A média pós-2017 real de 989,3 equipes de saúde da família (p = 0,004) foi 16,7% mais baixa que a média pós-2017 prevista, de 1.187,4 equipes. A cobertura da população do Rio de Janeiro pela ESF era 62,6% em 2017, caindo para 40,5% em 2020. A prestação de serviços públicos de atenção primária caiu depois de 2017. Os resultados demonstram a deterioração da ESF no Rio de Janeiro depois de 2017, sem nenhum aumento no modelo tradicional de atenção primária. O acesso aos serviços públicos de atenção primário diminuiu durante o mesmo período.


En 2017, en un escenario de restricciones financieras causadas por una crisis económica en Brasil, la nueva política nacional de atención primaria promovió cambios, con el fin de que se priorizaran e implementaran diferentes modelos de atención primaria, con posibles efectos negativos en el acceso a la atención primaria en salud. El objetivo de este estudio fue investigar si la Política Nacional de Atención Primária de 2017 tuvo un impacto negativo en la organización de la atención primaria, basada en el modelo de Estrategia de Salud Familiar (ESF), y en el acceso a los servicios públicos de atención primaria en la ciudad de Río de Janeiro. Se analizaron los promedios anuales y los pre- y post-2017 promedios de 15 variables para identificar posibles rupturas de tendencia en 2017. Se usó uno modelo Bayesiano estructural de series temporales para determinar las diferencias entre los promedios actuales y previstos post-2017 de cada variable. Los datos se obtuvieron mediante el Departamento de Informática del Sistema Único de Salud (DATASUS). El promedio anual de equipos de salud familiar fue 1.179,9 equipos en 2017 y 788,8 equipos en 2020, mientras que el promedio anual de los equipos equivalentes familiares fue 163,6 en 2017 y 125,4 en 2020. El promedio actual post-2017 de 989,3 equipos de salud familiares (p = 0,004) fue un 16,7% más bajo que el promedio previsto post-2017 de 1.187,4 equipos. El porcentaje de población en Río de Janeiro cubierto por la ESF fue 62,6% en 2017 y 40,5% en 2020. La provisión de servicios públicos de atención primaria se redujo después de 2017. Los resultados demostraron el deterioro de la ESF en Río de Janeiro después 2017 y no hubo incrementos en el modelo de atención primaria tradicional. El acceso a los servicios de atención primaria pública decayó en el mismo periodo.


Assuntos
Saúde da Família , Política de Saúde , Atenção Primária à Saúde , Brasil/epidemiologia , Teorema de Bayes
19.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(6): e00114721, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1374855

RESUMO

O objetivo do estudo foi analisar e comparar a prevalência, a forma de obtenção e os fatores associados ao acesso a medicamentos entre usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Foram analisados os dados das edições 2013 e 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde, estudo de abrangência nacional e representativo da população brasileira. Os desfechos foram: (1) a obtenção total, por meio do SUS, dos medicamentos prescritos em atendimentos em saúde realizados no próprio SUS nas duas semanas anteriores à entrevista, e (2) a obtenção total dos medicamentos independentemente da fonte. Características demográficas e socioeconômicas foram incluídas como variáveis independentes. Em 2019, observou-se que 29,7% dos entrevistados obtiveram no SUS todos os medicamentos prescritos, que 81,8% tiveram acesso total aos medicamentos quando consideradas todas as fontes de obtenção e que 56,4% pagaram algum valor pelos medicamentos. A proporção de pessoas que não obtiveram nenhum medicamento no SUS e que efetuaram algum desembolso direto aumentou entre 2013 e 2019. A probabilidade de obter todos os medicamentos no SUS foi maior entre os mais pobres, e de consegui-los, independentemente da fonte, foi maior entre os mais ricos. Dentre as pessoas que não conseguiram acesso a todos os medicamentos, aproximadamente duas em cada três indicaram como principal motivo dificuldades de obtenção encontradas em serviços financiados pelo setor público. Verificou-se ampliação do desembolso direto para compra de medicamentos no Brasil e redução de acesso pelo SUS entre usuários do sistema.


The study aimed to analyze and compare the prevalence of access to medicines and associated factors among users of the Brazilian Unified National Health System (SUS). The authors analyzed data from the 2013 and 2019 editions of the Brazilian National Health Survey, a nationwide health study, representative of the Brazilian population. The outcomes were: (1) obtaining from the SUS all the medicines prescribed during care received in the SUS itself in the two weeks prior to the interview (2) and obtaining all the medicines, regardless of the source. Demographic and socioeconomic characteristics were included as independent variables. In 2019, 29.7% of the interviewees obtained all the prescribed medicines from the SUS, 81.8% obtained all the medicines in general (considering all sources), and 56.4% paid some amount for the medicines. The proportion who did obtain any medicine from the SUS and that made some out-of-pocket payment increased from 2013 to 2019. The likelihood of obtaining all the medicines in the SUS was higher among the poorest, and that of obtaining the medicines regardless of source was higher among the wealthiest. Approximately two out of three persons that were unable to access all the medicines reported difficulties obtaining them in services funded by the public sector. There was an increase in out-of-pocket expenditure on medicines in Brazil and a reduction in access through the SUS, among users of the system.


El objetivo de este estudio fue analizar y comparar la prevalencia, la forma de obtención y los factores asociados al acceso a los medicamentos entre los usuarios del Sistema Único de Salud (SUS) en Brasil. Se analizaron los datos de las ediciones 2013 y 2019 de la Encuesta Nacional de Salud, un estudio de cobertura nacional y representativo de la población brasileña. Los resultados fueron: (1) la obtención total, a través del SUS, de los medicamentos prescritos en los servicios de salud realizados en el propio SUS en las dos semanas anteriores a la entrevista, y (2) la obtención total de los medicamentos independientemente de la fuente. Las características demográficas y socioeconómicas se incluyeron como variables independientes. En 2019 se observó que el 29,7% de los entrevistados obtuvo todos los medicamentos prescritos en el SUS, que el 81,8% tuvo acceso total a los medicamentos al considerar todas las fuentes de obtención y que el 56,4% pagó por los medicamentos. La proporción de personas que no obtuvieron ningún medicamento en el SUS y que realizaron algún gasto directo aumentó entre 2013 y 2019. Entre los pobres, la probabilidad de obtener todos los medicamentos del SUS fue mayor, y entre los más ricos también fue mayor esta obtención independientemente de la fuente. Entre las personas que no pudieron acceder a todos los medicamentos, aproximadamente dos de cada tres indicaron como razón principal las dificultades que se encuentran en los servicios financiados con fondos públicos. Hubo un aumento del gasto directo para la compra de medicamentos en Brasil y una reducción del acceso a través del SUS entre los usuarios del sistema.


Assuntos
Programas Nacionais de Saúde , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Prevalência , Estudos Transversais , Acesso aos Serviços de Saúde
20.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(9): e00272921, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1404043

RESUMO

Resumo: Este estudo teve como objetivo verificar a tendência temporal e desigualdades no rastreamento autorrelatado do câncer de colo de útero nas capitais brasileiras entre os anos de 2011 e 2020. Estudo de tendência com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2011 a 2020. O desfecho foi a prevalência de realização de exame citopatológico nos últimos três anos. Para estimar as desigualdades, foram utilizados os índices de desigualdade de inclinação (slope index of inequality - SII) e de concentração (concentration index - CIX). Observou-se tendência crescente do desfecho no país no período pesquisado e queda na maioria das regiões, capitais e em todos os grupos de acordo com escolaridade. Houve uma queda da cobertura na maioria das regiões do Brasil. Destaca-se que o SII apresentou seus piores resultados em 2011 e 2012, alcançando 15,8p.p. (IC95%: 14,1; 17,6) e 15,0p.p. (IC95%: 13,1; 16,9), respectivamente, entre as mulheres com 12 anos ou mais de estudo. Houve queda na cobertura da realização do exame preventivo de câncer de colo de útero na maioria das regiões e capitais brasileiras entre os anos de 2011 e 2020. No período antes e durante a pandemia, houve redução do desfecho no país, nas regiões Sul e Sudeste, sugerindo que a pandemia de COVID-19 acarretou desigualdades geográficas na cobertura desse exame no país.


Abstract: This study aimed to verify the temporal trend and inequalities in self-reported cervical cancer screening in Brazilian capitals from 2011 to 2020. This is a trend study with Risk and Protective Factors Surveillance System for Chronic Non-Communicable Diseases Through Telephone Interview (Vigitel) data from 2011 to 2020. The outcome was the prevalence of cytopathological examination in the last three years. Slope index of inequality (SII) and concentration index (CIX) were used to estimate inequalities. An increasing trend in the outcome was observed in Brazil in the period surveyed, as well as a decrease in most regions, capitals, and in all groups according to education. There was a decrease in coverage in most regions of Brazil. We highlight that SII presented its worst results in 2011 and 2012, reaching 15.8p.p. (95%CI: 14.1; 17.6) and 15.0p.p. (95%CI: 13.1; 16.9), respectively, among women with 12 years or more of education. There was a decrease in coverage of cervical cancer screening in most Brazilian regions and capitals from 2011 to 2020. In the period before and during the pandemic, a reduction in the outcome was observed in the South and Southeast regions, suggesting that the COVID-19 pandemic caused geographical inequalities in the coverage for this exam in Brazil.


Resumen: Este estudio tuvo como objetivo verificar la tendencia temporal y las desigualdades en el seguimiento autoinformado de cáncer de cuello uterino en las capitales brasileñas entre 2011 y 2020. Estudio de tendencias con datos de Vigilancia de Factores de Riesgo y Protección de Enfermedades Crónicas por Encuesta Telefónica (Vigitel) en el período de 2011 a 2020. El desenlace fue la prevalencia del examen citopatológico en los últimos tres años. Para estimar las desigualdades se utilizaron los índices de inequidad absoluto (slope index of inequality - SII) y de concentración (concentration index - CIX). Hubo tendencia a un aumento del desenlace en el período en estudio y un descenso en la mayoría de las regiones, capitales y en todos los grupos según el nivel educativo. Se observó un descenso en la cobertura en la mayoría de las regiones de Brasil. Se destaca que el SII presentó un peor resultado en 2011 y 2012, alcanzando 15,8p.p. (IC95%: 14,1; 17,6) y 15,0p.p. (IC95%: 13,1; 16,9), respectivamente, entre mujeres con 12 años o más de escolaridad. Hubo un descenso en la cobertura de la detección de cáncer de cuello uterino en la mayoría de las regiones y capitales brasileñas entre 2011 y 2020. En el período anterior y durante la pandemia, hubo una reducción en el desenlace para el país, en las regiones Sur y Sudeste, lo que apunta que la pandemia del COVID-19 provocó desigualdades geográficas en la cobertura de este examen a nivel nacional.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA